Fumaça de Desejos

junho 19, 2017


Não aproximes a tua chama da minha alma que eu sou pura dinamite. 
Não questiones se me queres porque é possível que não aguentes com uma explosão. É perigoso mas sensual e tu queres perder-te na fumaça de desejos improváveis com pessoas impossíveis e amores incompatíveis.
Desejas? Não me desejes que eu sou louca!! Falo mais que palavras e sinto mais que sentimentos. O meu sabor é puro veneno e enfraquece a essência dos já enfraquecidos. Sou luz dominante e consigo cegar-te a ponto de não conseguires ver o que está por detrás da minha mascara. O amor não é amor e não te amo de forma alguma. 
 Uma vez que fores meu não haverá outra forma de seres seja de quem for, porque tudo em mim te vai prender.

Eu sou uma merda a amar e tu és uma merda no amor e podes até beijar os meus lábios mas não os deixo consumir a minha alma. 
Posso até agarrar o teu corpo e desejar-te friamente mas nunca deixarei o meu corpo pertencer-te pois quero só ver-te perdido sem me perder no encanto contigo.

Serás louco como eu ou ficas só fascinado com a loucura?

Ninguém disse que a loucura, as mordidas e os risos maléficos, as horas perdidas em olhares os toques leves e discretos, as promessas que não valeram nada, as mentiras verdadeiras e as verdades mais que falsas, tudo louco, somente louco, tão louco... ninguém disse que não era complicado.

Gosto mais que me observes, que me vejas deslizar, suar e imagines... só, nessa tua mente perversa que me despe de desejo, que me consome na loucura e que devora cada pedaço da minha pele. 

Perdeste-te no meu desejo porque eu não te quero, vou fingindo só que sou tua para te escapar pelos dedos. Deixa-te só com uma tusa louca que dá vontade de me agarrar, prender e fazer sei lá bem o que... Não ne ames!! 

Eu deixo-te tocar só um bocadinho se prometeres que não te apaixonas,  se prometeres não me desejar com tal obsessão e me deixares ir porque eu não sou pessoa de ficar. Não aqui!  Não contigo! 

Que os orgasmos sejam palavras tenebrosas que digam tudo em todos os silêncios e gritos calados que digo e finges que não ouves, porque aguentar os gemidos e a respiração acelarada de uma paixão fingida é tortura, é calma, é veneno psicológico que não faz sentido em sentido nenhum, no que quer que seja que eu te faça sentir.

Ouvir te dizer o meu nome é como um leve suspiro depois de uma noite quente onde todo o meu corpo tremeu imaginando ser teu.  Imaginando sentir cada pedaço da tua pele enquanto me contorço sozinha neste lençol. Eu sei que observas.  E ficarás só assim... A observar... porque emoções assim não são para ti e para esse teu coração tão fraco.




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