Mais que a rapariga que escreve porno

abril 03, 2017


É tão difícil escrever sobre mim.  De mostrar no mundo virtual quem eu sou.
Sempre me descrevi como uma daquelas pessoas que,  ou gostas muito,  ou não gostas mesmo nada.

Sempre achei que era mais amarga que doce mas com os anos tornei-me mais doce.  Detesto.  Detesto mesmo.  Mas é daquelas coisas que não conseguimos evitar. Do nada fiquei mais sensível e choro mais facilmente. Mas não me vão ver chorar.
Sinto-me igualmente mais frágil no entanto sinto-me capaz de aguentar tudo porque a maioria das merdas passam-me completamente ao lado.

Sou mais diabo que anjinho mas sou inofensiva. Não tenho tendência a ser uma cabra e não faço mal a ninguém mas se me pisarem os calos eu sou vingativa,  manipuladora e insuportável. Farei de tudo por uma vingança daquelas nem que isso implique prejudicar-me também.

Tenho uma mente demasiado aberta para o meio onde vivo e sou extremamente feminista. Não acho que o meu lugar seja na cozinha ou a lavar as cuecas de um marido.  O meu lugar é onde eu quiser e onde for feliz.

Quero ser livre para sempre. Quero usar o que quero onde e como eu quiser porque a minha vida só me pertence a mim e apesar de a querer dividir com as pessoas que amo jamais permitiria que elas tomassem conta dela...

Sinto-me a protagonistas da minha própria história e estou-me a cagar se isso soa ou não a arrogância. A minha vida é esta e quem não gostar pode ir viver a sua.

Sou mandona.  Gosto de tudo à minha maneira.  Eu estou quase sempre em primeiro lugar porque ninguém me vai colocar em primeiro lugar por isso faço de mim o mais importante.  Não é ego alto.  É uma questão de personalidade... 

Eu escrevo sobre sexo porque gosto de sexo.  Podia simplesmente guardar para mim ou não falar sobre isso mas eu não vejo sexo como tabu para mim é como falar de uma ida ao cinema ou de flores.  No entanto sou mais que "a rapariga que escreve porno" como alguns dizem...

Eu não escrevo porno ou conteúdo pornográfico. Eu falo de sensualidade e erotismo porque na maioria das vezes é bem mais excitante que a história do canalizador que fodeu a tua mãe em doggy style no sofá da tua casa.

Eu sou uma pessoa de estímulos mentais.  Uma pessoa que sabe estimular a minha mente tem com certeza poder sobre o meu corpo.

Não sou dominadora nem gosto de dominar mas para ter o que quero sou extremamente manipuladora e não há pessoa que me faça miar baixinho.

Não sou uma pessoa religiosa e não acredito em histórias da carochinha,  no entanto sei respeitar a opção de cada um porque religião é uma opção. Ou acreditas no que te ensinam ou guias-te pela tua cabeça. Eu escolhi a segunda opção.

Sou feliz da maneira que sou e por muito que digam que estou errada e que "não posso ser assim" eu nunca irei guiar-me pelas outros vou sempre seguir a minha vontade.

A perfeição aborrece-me.  Eu gosto de palavrões, gargalhadas, rir muito.  Geralmente eu sou sempre a pessoa que quebra todas as regras.  Sempre fui e acho que isso é daquelas coisas que por muito que os anos passem nunca vai mudar. 

Sou daquelas pessoas que erra.  Cometo várias vezes o mesmo erro até perceber que realmente foi um erro.  No entanto tenho tendência a não perdoar o erro dos outros.  Egoismo?  Talvez.  Ainda estou a tentar perceber como lidar com isso.